terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Coluna A TRIBUNA, edição de terça-feira, 17 de janeiro de 2012

NEGÓCIO CHAMADO FUTEBOL
Tem muito torcedor que ainda não conseguiu cair na real, em relação à realidade do futebol atual. Aqui mesmo, vemos torcedores denominando jogadores de mercenários porque saem daqui para jogar em rivais, como Avaí e Figueirense, por exemplo. Ou em casos como o de Pedro Carmona, que fugiu daqui, amparado por uma brecha no contrato, e foi para o Palmeiras. A verdade é que o futebol hoje é puro negócio. Não tem essa de camisa. É o dinheiro que fala mais alto. É o dirigente, é o clube, é o jogador, o empresário, a televisão, e por aí vai. Paixão, só no coração do torcedor.

E o comprometimento?
Um dos quesitos obrigatórios para se ter um bom time de futebol, hoje, é conseguir montar um elenco que tenha um bom nível de comprometimento. Nessa coisa de interesse apenas pelo dinheiro, muitas vezes é difícil conseguir. É aí que entra a competência de quem contrata, buscando jogadores com um perfil sério, profissionais que queiram algo mais em suas carreiras, nos casos dos mais jovens, e, quando, com mais idade, sejam homens que prezem pelo seu nome e pela profissão que abraçaram. A verdade é que está muito difícil. Tem muito jogador e poucos profissionais de verdade.

TIRO CURTO

O grande lance, como já comentamos, é formar jogadores em casa, pois estes normalmente têm muito mais comprometimento. Nem todos, mas uma boa parte.

O problema é que a maioria dos clubes não tem estrutura para formar cidadãos e profissionais do futebol. Não basta colocar os meninos para correr atrás da bola.


A maioria dos jogadores de futebol é oriunda de famílias pobres, muitas vezes sem estabilidade emocional. Na sua formação é preciso bem mais do que jogar bola.

Não sei como é, em detalhes, mas, no São Paulo e no Santos, por exemplo, o trabalho na formação de jogadores é bem mais amplo, em todos os sentidos.

Vejo no Criciúma de hoje uma boa possibilidade de se fazer um real trabalho de formação de cidadãos e profissionais do futebol. Começando pelo projeto Tigrinhos.

Tudo é uma questão de inteligência, mentalidade e investimento. No caso do Criciúma, não é possível fazer futebol sem que tenhamos uma base forte e formadora.

GOL DE PLACA: Wilsão, técnico dos Juniores, e Evandro, coordenador da base, acompanhando o Criciúma, que está disputando o torneio infantil e juvenil, em Tres Coroas-RS.

GOL CONTRA: a relação cada vez mais desgastada entre o Santos e Paulo Henrique Ganso, um dos seus principais jogadores, ao contrário do que ocorreu com Neymar.









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