Tenho recebido dezenas de emails de torcedores do Criciúma, descontentes com o seu time, tristes com o que estão vendo no estádio Heriberto Hülse. E a todo instante, em todos os lugares que vou, tem muita gente reclamando. Na verdade, há uma decepção muito grande com o time, e uma frustração enorme pelo que se esperava, diante de toda a expectativa criada em cima da figura do presidente Antenor Angeloni, que assumiu uma bronca pesada, pagou as contas, e com sua fala mansa e carinho com o torcedor, se tornou o santo tricolor.
Pois o tempo vai passando, e tudo o que o torcedor esperava não acontece. E este torcedor, por mais que admire o trabalho feito na estruturação do clube, a nível de CT, de reformas no estádio, e outras coisas, quer mesmo é ver o time brilhando em campo, ganhando jogos e brigando por títulos. Isto não está acontecendo.
No ano passado ficou a decepção com a perda do título estadual para a Chapecoense, e com a fraca campanha na série B. Tudo bem, a direção tinha crédito, e o torcedor mesmo chateado entendeu. Mas um novo ano começou, e o que era para melhorar, piorou.
A direção tem errado constantemente na gestão do futebol. Com a troca constante de gerente de futebol, contratando jogadores sem condições físicas, sem jogar há muito tempo, outros sem qualidade para resolver os problemas do time, muitas contratações, dispensas de jogadores que vieram e nem foram aproveitados, e ainda a questão dos técnicos que têm vindo pra cá.
Outro grave problema é a questão envolvendo jogadores oriundos das categorias de base do clube. Como por exemplo o atacante Marcel, que está retornando para o time Junior, sendo que outros que vieram de fora são inferiores a ele, e permancem no elenco profissional.
Tem muitos erros. Planejamento errado, em todos os sentidos, no futebol do Tigre.
Dinheiro não está faltando. O presidente resolve esta bronca. Mas está faltando competência para fazer futebol. O Criciúma não é um timinho qualquer, para ser alvo de tantas gozações, como está ocorrendo. E, infelizmente, não dá para isentar o presidente Antenor Angeloni. Ele é o comandante. É ele quem manda. Sua figura tem sido preservada, mesmo com tantos erros, mas ele precisa colaborar, dando um sôco na mesa, e resolvendo essa parada, cercando-se de profissionais para tratar de futebol, que ele, como disse já várias vezes, não entende nada.
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