Eu era um dos tantos que não acreditava que o Barcelona era tudo isso. Ou, que o Santos poderia vence-los na decisão do Mundial Inter Clubes. Me enganei totalmente. O Barcelona é demais. Joga muito.
Parece que eu estava vendo um time de outro mundo, jogando daquele jeito, com mais de 70% de posse de bola, botando o Peixe na roda.
Terminou o jogo, e não me aguentei. Liguei para alguns amigos envolvidos no mundo do futebol, para falar alguma coisa, para dizer que aquilo sim é futebol, muito mais na ânsia de ouvir deles a mesma coisa, para comprovar que eu não estava sonhando.
Todos concordaram comigo. Todos me disseram a mesma coisa.
O Barcelona é disparado o melhor time do mundo. E qualquer outro time brasileiro perderia para eles nessa decisão. Que ninguem por aqui se vanglorie, pois seria derrotado do mesmo jeito.
Futebol planejado
Quem conhece a história do "a bola é minha", sabe que as coisas no Barcelona, para chegar à esse nível, não começaram ontem. Eles são a prova de que futebol não se faz do dia para a noite. O Barcelona de hoje é resultado de um trabalho a longo prazo, começando com a contratação de um técnico que mudou tudo, e com a valorização das categorias de base. Esse time do Barcelona tem, ao todo, entre titulares e reservas, 14 jogadores formados em casa.
Lição
Fosse eu treinador de futebol no Brasil, teria em minhas mãos, para sempre, um DVD com o jogo Barcelona e Santos. Isso tem que servir como lição, em qualquer situação para se implantar tática e técnica em um time de futebol. Como jogar numa espécie de 3/7/0 desse jeito, com tanta posse de bola, tantos passes perfeitos, velocidade e com todos os jogadores atacando o tempo inteiro?
O futebol do Barcelona nos mostra que, aqui no Brasil, estamos muito atrasados.
Na verdade andamos para trás. Culpa de nossos dirigentes e técnicos que se acham o máximo, e não sabem nada.
Como acho que nossos técnicos, no alto de sua soberba, não irão mudar, a salvação do futebol brasileiro é trazer para cá técnicos estrangeiros.
Precisamos mudar, minha gente. Todos nós, imprensa, torcedores, jogadores, e, especialmente, dirigentes e técnicos. Ou mudamos, ousamos, ou vamos ficar para trás. Aliás, já ficamos para trás. Mas, como temos a qualidade, a ginga do futebol brasileiro, podemos nos recuperar. Será que será possível? Será que ousaremos? Veremos ser teremos uma resposta. Tenho, sinceramente, minhas dúvidas, pelas pessoas que hoje mandam no futebol do Brasil.
Enquanto isso, vamos ver, sem cansar com isso, o Barcelona jogar, e... aplaudir!!!
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